sábado, 26 de dezembro de 2009

SOBRE 2010:

Nossa! 2010 tá ai!

"O ano passou rápido, né?" e bla, bla, bla.

Por aqui não foi bem assim.
2009 foi corrido, foi sofrido, foi demorado.

Agora, é contagem regressiva para a vida nova que vem com o ano novo.
Porque ela vem mesmo, certeza.

Aprendi e aprendi mais um pouco.
Levei cada tombaço. Algumas rasteiras, inclusive.

Planos? Pra quê? Tem sempre alguém pra estragar tudo.
Agora, é deixar o tempo trazer o que quiser.

# tá nas suas mãos, mano velho.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

SOBRE TERNURA:

Eu queria falar de ternura, queria muito falar.

De como eu gosto de você sem a violência da paixão,
Sem a posse,
Sem esperar em troca.

De como eu gosto de você por que é carinho que vem quando eu escuto teu nome,
E é um carinho gostoso de sentir,
É como uma alegria.

Ternura só de palavra já é bonitinho.
Daquelas de estufar o peito!

# deve ser a primeira vez que escrevo assim: - tão ‘só pra você’.

sábado, 19 de dezembro de 2009

SOBRE ELE:

'esqueceu de ser uma história'

E cada beijo parecia ser o primeiro.

Ele tinha uma magia em seus lábios, uma suavidade que fazia com que eu perdesse meus sentidos, especialmente no primeiro beijo depois de um longo intervalo.


Era como se todo o tédio e o desespero de uma noite, atormentada pela falta de sono, desabassem e a vida voltasse a acontecer em passos bem lentos, sem aquela ansiedade que precede o reencontro de nossos lábios.

O beijo dele nunca era doce.


Pois não se tratava do beijo apaixonado de dois amantes, que se entreolham, hesitam e finalmente cedem ao desejo louco.
Não!


Nosso desejo, ou pelo menos o meu, aumentava a cada dia.
Cada beijo era mais apaixonado e a ‘confusão’ dele parecia apenas aumentar a sedução do seu sabor.

É confuso pensar que eu talvez não tivesse sido a única, não fui a primeira e nem serei a última a se desmanchar em seus lábios, a escrever poemas sobre ele, discutir suas qualidades e toda a devastação que
esse seu carinho e humildade contagiante causam.

Eu tenho mudado, acho que ele também mudou,
mas temos precisado um do outro, sempre.

# será [?]

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SOBRE ONTEM:

Ontem quis te sentir perto de mim.

Sem um por que, sem uma frase de impacto, sem qualquer abre aspas e fecha aspas. 
Foi apenas um querer
Senti isso como quem coloca pedacinhos de oceano dentro de si e começa a navegar mesmo remando em terreno sólido.

Essa história de ‘querer’...
No começo achei tão improvável que fui até o fim da rua pra ter certeza de que o seu destino passava mesmo de frente pro meu. Ao invés de sentir raiva, achei até bonito ele ter me mandado você.

Ele sempre soube de você.
Via-o pela pequena janela dele e pensava: um dia ela vai ser dele.

Mal sabia ele que pensamento é realidade.
Sensação boa essa de não pedir conselhos.

Podar-se é tão desnecessário.

Assim que o vi chegar corri pra deixar a sua espera uma cestinha com coisinhas de lembrar.
Pode ter certeza de que dentro daquela cestinha tinha muito mais de mim do que nas outras tantas coisas que você já possa ter ouvido.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

SOBRE A VIDA E O DESTINO:

Conheceram-se por puro capricho, acaso, desígnio talvez.
A boca que se cruzou com o par de olhos perdidos.

A vida cansada tinha o andar lento, o passo pesado, rosto baixo. Carregava o fardo de muito querer, o ímpeto quente de um peito viciado no amor, ladeada de subprodutos de paixões obscuras.

O destino via a vida passar. Os acontecimentos se sucediam e se amontoavam. Ele não os impedia, nenhuma intervenção, deixava ir sem sobressalto, não conhecia a magia do verbo, nem a dor crua do peito que sangra uma hemorragia bruta e invisível.  

#todos os dias gosto de você!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

SOBRE ELA:

'uma cestinha com coisinhas de lembrar'


Ela gosta de dias claros, mas prefere escrever no seu canto escuro de onde pode ouvir os cantos dos pássaros que pousam em sua janela imaginária, as batidas das panelas na cozinha e os gritos de alguma criança que sempre brinca pela casa.

Tem dias leves, embora o trânsito e as pessoas que andam feito “baratas tontas” pela cidade fazem-na acreditar que mora no núcleo do inferno. Pensa em São Luis como uma cidade engraçada que tem um contexto histórico digno de uma grande capital e uma contemporaneidade que lhe dá nojo. Um jeito de fazer política desgastada e uma grande colaboradora da poluição do meio ambiente, a começar pelas praias e rios poluídos.
Lembro que uma vez ela me falou:


 “Às vezes tenho vontade de fugir ou sumir daqui, mas já descobri que mal consigo passar sete dias longe de casa, conseguir eu até consigo, mas vou ficando doente aos poucos, deixando os meus pedaços antes de partir e com uma vontade de me colar imediatamente quando estou de volta.”

Isso já gerou alguns comentários e lhe garantiu alguns títulos entre amigos, quando em meio a viagens resolvia voltar ou desistir na véspera. Mas o que seus amigos realmente não sabem é do amor que ela tem pelo ambiente em que vive.
Talvez ela nem ame tanto a sua cidade, mas sim as pessoas que completam sua vida.

Nunca foi uma menina de levar a vida tão a sério, nunca fez a mãe acreditar que um dia se tornaria uma médica, na escola sempre aprendeu só o que achava necessário pra si, estudava pra fazer notas, passar de ano e se livrar de algumas broncas.
Detestava matemática, tolerava física e química, mas sempre foi apaixonada pela literatura, para quem fez juras de amor eterno e que se pudesse lhe pediria em casamento.

Quando terminou o ensino médio, a primeira coisa que exigiu de si foi um emprego, o plano era fazer dinheiro e sair, não da cidade, recusara vários convites, Florianópolis da tia, Rio de Janeiro do tio, quase foge pra São Paulo com a prima, - “Mas nós vamos viver de que mermãm?”- foi o que pensou.

Trabalhou um ano e uns meses, e esse emprego foi o seu primeiro contato com a responsabilidade, até então nunca tinham se encontrado, não tiveram um bom relacionamento, ela [responsabilidade] sempre exigente e Ela nunca se tornaria um robô.
O fruto doce dessa relação foi o despertar do seu interesse pela “Comunicação” que pretende até hoje cursar, quem sabe alguns anos depois, o fruto amargo é que na época nunca conseguiu fazer dinheiro suficiente para se tornar independente.

Creio que já sabia desde cedo das dificuldades que encontraria pela frente, era filha única, mas isso nunca chegou a ser um problema, por várias vezes se sentiu só, como todas as pessoas que sentem falta de afeto, carinho, companheirismo e principalmente de “um amor pra vida toda”.
Aterrorizavam-lhe dizendo: “Filha única sofre demais, é egoísta e não percebe, acha que o mundo gira a seu redor e tudo lhe pertence”. (Meu Deus que absurdo! O que vocês queriam que ela fizesse!?)

Talvez só o seu próprio coração a compreendesse, a esse dera um apelido nada sugestivo. “Jesus! Meu coração é muito va-ga-bun-do”. A adolescência foi a fase mais cretina por qual ela passou, afinal de contas, passava bem longe dos padrões de beleza da época. Teve algumas paixões, lógico que todas essas foram platônicas, ainda bem. 
Uma dessas paixões foi quem a apresentou a literatura, começou a ler para agradá-lo, sentir-se um pouco mais perto do amado, ter sobre o que conversar. Mas a paixão foi embora e a literatura ficou.

Pensou a pouco tempo que talvez seu coração estivesse cansado ou já teria lido [e a pouco vivenciado] todos os livros sobre ‘desilusões amorosas’, já não se apaixonava mais. Diz-se madura e segura dos seus sentimentos, se é que existe alguma forma de segurança em relação a isso.

Surpreendeu-se recentemente quando um moço muito especial a fez sentir um gostinho que há tempos não sentia, nunca escondeu isso de ninguém, tem encontrado ultimamente uma dificuldade absurda de esconder a verdade, até tenta, mas em relação a esse moço qualquer tentativa parece idiota.
Pensa que poderia ser um pouco normal e mentir às vezes como todo mundo faz, mas como ela mesma voltou a pensar e dizer a si: "Qual é graça de ser quem eu sou e não fazer e nem dizer o que eu quero, o que penso ou que sinto?". Concluiu: - nenhuma.

Apaixonada pela vida, respira música e inspira poesia, a música é o que lhe move, os livros são o que lhe alimenta. Tem vários amigos, não consegue diferenciar uns dos outros, todos são e foram importantes para sua formação, e quando digo amigo, não quero dizer desses que você fala por casualidade, quero dizer desses que você passa a tarde enchendo a cara no shopping ou rolando de rir pelas calçadas, desses que te ligam pra saber como você está e por que sumiu? os que pedem para ligar a TV e ver de quanto o Palmeiras está ganhando do Flamengo. “Porra” até parece coisa de “videogame” Palmeiras 2 x 0 Flamengo [lenda!].

Recentemente um amigo deu a melhor definição sobre a sua pessoa:

Ela diz: quero saber da estranha.
Amigo diz: estranha, como é esquisita, sei lá...
Ela diz: Explique ou desenhe no espaço em branco abaixo... kkkk
Amigo diz: como uma pessoa consegue ser “divertida – sensível – racional –depressiva – supersocial – triste – alegre - cachaceira” ao mesmo tempo?


Ela diz: “Acho que foi a mais surreal definição de todos os tempos da minha vida. Bom, faço o máximo pra ser autêntica e feliz, quem sabe um dia eu consiga juntar todos os pedaços dos meus sonhos e triscar apenas com as pontinhas dos dedos naquilo que acredito ser o amor. O bom mesmo é não deixar que a solidão me acompanhe e sempre ficar perto das pessoas que me amem de alguma maneira. Comecei a ficar rica sem dinheiro, depois que aprendi a amar”.

Ela poderia ser a moça da cantina, o cara da esquina, o velho sentado na praça. Ela poderia até ser você, mas ‘Ela’ sou ‘EU’.

domingo, 13 de dezembro de 2009

SOBRE BUSCAS:

Estou em maré mansa, solta e em busca.

Mas eu nem me acho nas minhas próprias buscas.
Minhas paixões não me movem, eu dizendo insensível e ouvindo que é impossível.
Eu me convenço.

Porém entre outras pessoas é tão natural.
Oh céus, eu quero ter uma visão realista e concreta, fria e calculista da vida!

O coração agradeceria. Já o blog não, por que ficaria vazio e vazio!
Passaria a escrever sobre culinária, não se espantem!

Aperta o ‘x’ ali do lado direito superior da tela, e me encontra na esquina pra um ‘refrigerante’ e um papo furado que é bem melhor assim.


Enquanto isso, Cazuza repete pra mim: - Você vai me enganar sempre!

# cazuza é ‘bad’

sábado, 12 de dezembro de 2009

SOBRE O AGORA:

Eu enlouqueci...


E me via enlouquecer e achava que afinal eu conhecia a loucura de todas as coisas, aquela coisa que te rouba à identidade, te tira à capacidade de voltar ao ser, te leva por caminhos jamais andados e eu vi que existem coisas que não se controlam, apenas te levam e eu ia...


Eu enlouqueci, esqueci das crenças, das certezas, do passado e do futuro, eu só via o agora, eu só queria um pouco mais de agora. Eu fui vivendo o agora como se ele não fosse virar o passado, e não esperava que o agora terminasse tão já.


Eu sabia que o agora virava o antes, mas não sabia que o antes, que é o passado do agora ficaria tão presente no hoje, no agora que é hoje, mas que já não tem o agora de antes.


E eu to vivendo o hoje, esquecendo o antes que já foi agora, na verdade eu não queria esquecer, queria ter pulado, ido do que era pro que hoje sou, sem ter passado pelo o que não chegou a ser.


# esquece e vai sorrir

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SOBRE IMPULSOS:

Eu tenho impulsos catastróficos.
O óbvio, pra mim sempre tão óbvio, explícito, gritando na minha cara.

Ai eu parto para o impulso, eu deleto, eu rasgo.

É eu escrevo o nome pelo prazer que me dá rabiscar de caneta preta por cima.
Eu sempre tenho certeza, eu sofro e odeio na mesma proporção, pulo pro descaso, passo a achar bom e fico repetindo até me enganar: isso é ótimo, melhor assim, pé no chão, asfalto sempre quente.

Sabe aquelas coisas sem explicação? Que começam e te tomam e por mais que tente fugir aquilo te persegue?


Ao meu redor só encanto. Como carinho que cresce, como querer bem que vem, se instala, coisa de gente como eu e como você e pra sempre.

Desses tipos que não se entende, se gosta, se tem carinho e que te dói.


Quando não se tem domínio das emoções, aquela velha mania de se deixar levar, se deixar doer e fazer doer.
Assim...
Sem explicação...
Sem motivo de ser e não ser...
Só assim...


# um beijo e um sorriso...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O mundo me inibe, o álcool me liberta...


de que? Eis aí, algo pra se sentar, pensar e beber mais um gole...


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SOBRE QUERER:

Às vezes sei o que quero. Às vezes sei o que não quero.


Eu quero ser alguém que quer, mas não quero ser confusa. [to muito assim ultimamente!]
Não que isso seja o fim do mundo, mas isso confunde os que não são confusos.
Inteligente é quem é confuso, pois se é como é, e é por não querer errar.
Outra vez essa coisa de ‘querer’.


Às vezes eu ‘quero’ não te ver e quando não te vejo tenho vontade de te ter do meu lado. 
E de vez em quando ‘quero’ te achar, mas quando te acho fico com vontade de me esconder.
E muito de vez em quando ‘quero’ não pensar em você e quando não penso me pergunto por que não pensei.
M
as de tudo isso ainda não tirei nenhuma conclusão. Se é que tem alguma.



Agora, quero te dizer que querer é bom. 
Mas só querer não basta, tem que correr atrás.


Você não vai querer saber o resultado.[?]
Se querer é poder, pôr em prática é conseguir.                     


#já o resto, só Deus sabe...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

SOBRE DEFINIÇÕES:

Hoje acordei com o estômago cheio de borboletas. 


Esvoaçam as danadas.
Faziam cócegas sem dó, mas não me importei!
Mergulhada em uma leitura de ‘Clarice’ as coisas ficaram ainda mais bonitas, foram palavras de uma completa estranha que deram maior significado a minha vida.
O poder do desconhecido sobre nós.


_

A minha vida tem se mostrado um emaranhado de coisas estranhas, mas são exatamente essas coisas que tem dado sentido a ela, que por hora está azul, outrora eu não consigo definir a cor, pois vai sumindo até eu não conseguir mais ver. E é aí que eu fico triste e com os ombros pesados.

Mas a cor não foi embora 'seu' moço, não sai de lá nunquinha, é que vez enquanto ela gosta de brincar de esconde-esconde.

Existem coisas que eu não consigo definir. E tudo que não consigo definir, de certa forma, considero estranho.

Não há mesmo uma explicação para ‘o mais belo’. Quando inventarem um significado, uma razão para aquilo, ele deixa de ser belo, deixa de ser puro.
As grandes loucuras começam nas explicações.
A vida não foi feita para ser explicada, mas para ser vivida.

_

O lugar onde vivo é na verdade um sonho, daqueles bem bonitos, que ninguém deseja acordar e quando acorda quer definir.
Eu acredito no que eu quiser, no que me convém, bem assim que é.
E quase sempre eu tento acreditar no melhor, porque o pior não é algo que eu precise acreditar.

Em minha maior descrença, lá está o danado do pior, e ele nem liga. Mas eu também não ligo. O que há de sentimentos bons em mim já está atingindo o céu. Tingindo o céu. O meu céu, que quando está escuro eu trato de colorir de azul.


Correr, dar carinho, amar, assim sem definição é bem melhor.
Acreditem em mim. Mas se não quiserem acreditar, não faz mal.
Cada um tem seu caminho, assim florido, assim bonito.
Se soubermos enxergar através das lunetas tudo fica bem.

“Os astros, os destinos, que vão em direções contrárias as que desejamos, sempre nos levam para um caminho onde há pôr do sol e estrelas. Viver assim, com estrelas, sol e flores.” 


# isso deve bastar


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SOBRE OPORTUNIDADES:

Sei de uma coisa:
‘A vida se manifesta de forma extremamente bizarra em relação às oportunidades. ’


Dizer que o destino manda em algo é cômodo, é claro que tudo que acontece "era pra acontecer", afinal aconteceu, não é mesmo?
A grande teia da vida que temos, ou da vida que poderíamos ter se estende através de milhares de pequeninas coisas que fazemos ou deixamos de fazer.



Umas portinhas mesmo.
A maioria você sequer abre, mas coloca a mão no trinco, pensa duas vezes, e vai para aquela que já está entreaberta. Aí meu amigo, você se fode!


Não é a toa que adoro aquela frase:
‘Me arrependo só do que não fiz’.
 Pois é ali que mora a dúvida. “E se...

A maioria das coisas a gente nem percebe, então nunca chegaram realmente a existir, mas o que te esmaga e te deixa pequenino são aquelas chances que você virou a cara pro outro lado e quando quis achar de novo, já não estavam mais lá.


Ninguém aqui está esperando felicidade, mas deixar de viver algo que poderia fazer dessa mísera e repugnante experiência chamada vida algo menos doloroso é um crime.


# é imperdoável



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

'sobre os olhos'

Primeiro veio um sorriso que me desconcentrou do mundo e me concentrou nele.
Encantou-me com um desses encantos fortes de não fazer parar de pensar.
Depois vieram as palavras, daquele moço que eu mal conhecia e tinha sede de conhecer, saber tudo, conhecer de verdade e ir além das aparências que por vezes são tão enganosas.

Queria desvendar todos os segredos escondidos por trás daquele sorriso bonito, daquele moço bonito, daquele encanto.
E como se não fosse o bastante, quando o vi de novo senti aquele abraço bom. Quando parecia que já não havia mais nada que ele pudesse fazer pra me extasiar eu senti aquele olhar, um olhar que me desarmou completamente, um olhar que não pude sustentar por muito tempo sem a vontade de beijá-lo.
Um olhar convidativo ao beijo e a todos os segredos e então eu não soube o que fazer. [vulnerável diante daqueles olhos]
.
Os mesmos olhos que hoje, faço questão de olhar.. olhar fundo e ver de verdade... Os mesmo olhos, a mesma boca... com o sorriso lindo e com o beijo viciante...”

SOBRE PROBLEMAS:

Descobri que tenho uma capacidade, quase mágica de atrair problemas.


Ótimos problemas por sinal, mas ainda assim, problemas.
Eu simplesmente não consigo ficar quieta sentada no meu canto vendo a vida passar, eu tenho que enfiar a cara no movimento misterioso das coisas e, inevitavelmente, me machucar.

Alguns se contentam com o simples tédio, a vida rotineira e cinza que a maioria leva. Eu não. Tenho sempre que complicar tudo.



Sim, isso é um texto de revolta, um texto de consternação e angústia.
- Não ta bom pra você? Foda-se, pois também não ta bom pra mim.

O mais curioso é que tenho uma força de atração poderosa por pessoas fantásticas, porém potencialmente perigosas.



Estou vivendo o mais puro e imbecil niilismo esperançoso, do qual eu deveria fugir, correr desesperadamente até as pernas ficarem moles, mas não, eu enfrento.
Não por bravura, pois sou covarde, mas simplesmente pela paixão pela experiência problemática.

Falta ar, espaço. Sobra melancolia e estupidez.



# eu gostaria de ser menos honesta comigo mesma

domingo, 29 de novembro de 2009

SOBRE MUDANÇAS:

Sabe, às vezes, precisamos guardar dentro de um grande sonho, alguns menores, porque caso contrário, vai ficando difícil escolher qual será o nosso foco e acabamos presos as nossas vontades não realizadas.
Eu tenho medo do futuro, medo do que a mim fora reservado, medo de perder isso que eu sou agora, de não ter forças. Medo de não suportar certas condições.

Há um tempo não me sinto parte de nada. Pairo no ar feito beija-flor, porém, sou ave sem rumo, que quer voar, mas não pode por ter as asas pesadas demais.

E como beija-flor que devo ser, espero com toda a pressa não demonstrada, que o caminho finalmente se abra pra mim.

O certo é que eu cansei de tentar ser algo melhor para os outros, de mudar coisas em mim pra satisfazer quem não merece. Há um tempo eu achava que precisava ser espelho para ser vista. Agora prefiro o anonimato.

E que o caminho apareça na hora devida, que o vôo se torne pleno com o passar das horas. Que apareça um arco-íris após o temporal.


Já não me nego, já não calo, e caso não queiram, não me vejam. 


# já comprei meu próprio espelho

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

SOBRE O TEMPO:

É estranho como o tempo passa.
É incrível como as dores de outrora podem, simplesmente, ficar na memória sem que isso cause um incômodo no presente.


É só uma questão de ajuste: se você pensar que é capaz de trilhar um novo caminho, certamente não são as palavras duras de outros que te farão desistir. O futuro está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”.
Pois é esse impulso ás vezes cruel, porque não, que permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como: 'estou contente outra vez'.


Se você pensar que a vida pode, sim, progredir, tudo muda de figura.



Outra coisa que penso: as emoções são minhas. Só minhas.
E o que é meu, eu posso conhecer profundamente e entender.
Não preciso atribuir a alguém ou alguma coisa a minha felicidade se compreender que o primeiro passo para que ela chegue é entender a mim mesma e estar contente com aquilo que entendo.

A beleza verdadeira é o autoconhecimento.


Acho que escrevo tudo isso hoje para dizer ao meu passado que ele passou. Verdadeiramente.


Para as pessoas por quem tive um apreço imenso, posso dizer que elas continuam aqui, guardadas em algum lugar onde o sentimento reside. Pessoas não passam realmente. As épocas passam. O contexto passa. Mas, quando alguém foi importante em algum momento de nossas vidas, sua imagem fica conservada para que as lembranças vivam de alguma maneira e que, quando elas resolverem surgir, um sorriso possa despontar.


Ao passado: seu lugar é lá atrás.
Ao presente: que seja intenso...

E ao futuro? Não sei o que dizer. Quando se vive o dia de hoje com veemência, o amanhã é intangível...


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SOBRE ENCONTRAR:

Minha inquietude se transformou em insônia.
Eu desaprendi a coisa mais fácil do mundo pra mim! Não saber dormir é igual ter fome e não saber comer, não saber comer porque não existe comida que mata fome interior.
‘Não existe’, eu penso.

Meu cérebro anda numa tentativa louca de se livrar de mim, de algumas coisas boas que se tornaram ruins e vice-versa. É que minha alma já partiu há algum tempo e sozinha ela não agüenta. Ela passa o dia me dizendo que não vai saber suportar e agora eu tenho medo.

Se alguém souber por onde andam minha alma, minha sensatez e minhas vontades, por favor, me avisa?

É que eu preciso dessas coisas para saber de outras e pra continuar.

É só pedir pra elas voltarem, mesmo que forçadamente. Eu só preciso do meu eixo central funcionando. Sobre as outras coisas a gente aprende a conviver, seja com a falta, seja com a presença.
Eu preciso daquela coisa do caminho in e não off sabe, eu preciso da minha essência resgatada.

Eu sei que algumas coisas nunca deixarão de existir. Eu sei que essa minha inquietude é parte de mim. Só que eu preciso de paz por um tempo, mesmo que seja breve, mesmo que se assemelhe a ilusão.


Dá pra se perder de várias coisas, só não sei mais ficar sem me encontrar...

É que eu já não tenho todo tempo do mundo!


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

SOBRE O ACASO:


Apesar de tudo fazia algum tempo que não me sentia assim em paz, leve, livre!


Já não tenho motivos pra aquele peso nos ombros, pensamentos e coração;
Parece estranho mais não sinto que acabariam as coisas de maneira muito diferente, uma hora teria que desfazer esse laço, me deixei atada por muito tempo e por muito não enxerguei o que estava ali estampado na minha frente.


Mas ninguém conhece ninguém 100% ?


Bom pelo menos guardo comigo apenas o que foi bom. E as cenas dos últimos capítulos, guardo como lição.

Será que consigo?


Não importa não, ainda acredito em finais felizes, em amizades verdadeiras e que tudo sempre acontece por alguma razão. Nada é ao acaso!


Então espero aqui de olho no futuro, algo bom ,pessoas melhores no meu caminho!
Mesmo a cada dia de um obstáculo a menos, o bom da vida é que ela sempre permite que façamos novas escolhas, novos rumos...



Obs. Sem esquecer daqueles que me fizeram sorrir, emprestaram o ombro, ouvidos. 

SOBRE MORDER A LÍNGUA:

Adoro morder a língua.

É tão difícil passar por cima do orgulho e perceber que você está errado. Mais difícil mesmo é partir desse erro constatado e mudar quem você é.

Parece que minha personalidade é formada pelas convicções que não tenho, pelas idéias que, mesmo sabendo que são erradas, eu sustento até o final.

Mas quando caem, eu caio junto com elas.


Olhar uma idéia destruída, e tirar dela a essência do equívoco, é precioso.
Pena que geralmente seja necessária a presença de outra pessoa, outro observador pra confrontar seus pontos de vista.


Pena?


Não sei bem se é isso, afinal a boa companhia é aquela que muda você depois da experiência do convívio, então talvez não haja pena qualquer, só a certeza de que os paradigmas não caem facilmente quando só você os apedreja.

_



Quando percebo que aquilo que pensava ser o eu, na verdade é o nós, a perspectiva dos acontecimentos muda, e a bússola que guia meus pensamentos parece finalmente apontar para um norte onde eu preciso chegar.


Acho que achei meu norte.










…E sim, ainda estou confusa. Só que agora é diferente.

E a minha memória já sabe : -os fortes ficam sozinhos e a cada nova esquina, são pesados, carregam cadernos e canetas, escrevem muito e vivem de amores efêmeros.

SOBRE SE PERGUNTAR:

Eu me perguntava:


Até que ponto você era aquilo que eu via em você. Ou era apenas aquilo que eu queria ver em você.
Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia.
E se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas.


E pensar que amar é só conseguir ver, e desamar é não mais conseguir ver, entende?



terça-feira, 24 de novembro de 2009

SOBRE MENTIRAS:






Tenho começado a acreditar que mentir faz bem, tem me parecido um hábito saudável e milenar.

Minto com tamanha convicção que até acredito em minhas mentiras.

Eu, normalmente, depois de certo período começo a questionar se aquela história realmente aconteceu, se aquela lorota que contei é verdade mesmo.
Talvez isso seja um indício de como a realidade é frágil e incompleta, de como precisamos enganar aos outros e acima de tudo, a nós mesmos.

Ou talvez signifique que sou uma maldita hipócrita desalmada e assumida. [chega!]

A segunda opção talvez me pareça bem mais honesta, mas esse não é um texto sobre honestidade.

O que mais me deixa surpresa é que algumas vezes eu falo a verdade, e por incrível que pareça, são nesses momentos que eu tomo na cabeça!
Nesse momento o leitor deve se perguntar se são nesses momentos que eu tento fazer de minhas mentiras algo um pouco mais aceitável pra mim mesmo. [?]

A resposta é não!
Minto assumidamente e até com certo orgulho.

Minto para todos, minto para mim mesma! Não é fuga, não é ilusão, é apenas o prazer da realidade mutável, moldada de acordo com a minha vontade.
Já que algumas coisas estão fora do meu alcance, melhor florear aquelas que eu domino, e tentar, estupidamente, pensar que isso é uma solução. Solução não é, e nesse ponto nem rima há.

A paixão pelo café amargo é fruto de uma das minhas mentiras.

Um dia achei que seria mais interessante se eu gostasse das coisas sem açúcar. Demorou, mas a mentira virou verdade.

As mentiras tendem a virar verdades absolutas. Ou será que estou enganando a mim mesma mais uma vez e tentado levar você, pobre leitor, pro buraco junto comigo?