sábado, 26 de dezembro de 2009

SOBRE 2010:

Nossa! 2010 tá ai!

"O ano passou rápido, né?" e bla, bla, bla.

Por aqui não foi bem assim.
2009 foi corrido, foi sofrido, foi demorado.

Agora, é contagem regressiva para a vida nova que vem com o ano novo.
Porque ela vem mesmo, certeza.

Aprendi e aprendi mais um pouco.
Levei cada tombaço. Algumas rasteiras, inclusive.

Planos? Pra quê? Tem sempre alguém pra estragar tudo.
Agora, é deixar o tempo trazer o que quiser.

# tá nas suas mãos, mano velho.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

SOBRE TERNURA:

Eu queria falar de ternura, queria muito falar.

De como eu gosto de você sem a violência da paixão,
Sem a posse,
Sem esperar em troca.

De como eu gosto de você por que é carinho que vem quando eu escuto teu nome,
E é um carinho gostoso de sentir,
É como uma alegria.

Ternura só de palavra já é bonitinho.
Daquelas de estufar o peito!

# deve ser a primeira vez que escrevo assim: - tão ‘só pra você’.

sábado, 19 de dezembro de 2009

SOBRE ELE:

'esqueceu de ser uma história'

E cada beijo parecia ser o primeiro.

Ele tinha uma magia em seus lábios, uma suavidade que fazia com que eu perdesse meus sentidos, especialmente no primeiro beijo depois de um longo intervalo.


Era como se todo o tédio e o desespero de uma noite, atormentada pela falta de sono, desabassem e a vida voltasse a acontecer em passos bem lentos, sem aquela ansiedade que precede o reencontro de nossos lábios.

O beijo dele nunca era doce.


Pois não se tratava do beijo apaixonado de dois amantes, que se entreolham, hesitam e finalmente cedem ao desejo louco.
Não!


Nosso desejo, ou pelo menos o meu, aumentava a cada dia.
Cada beijo era mais apaixonado e a ‘confusão’ dele parecia apenas aumentar a sedução do seu sabor.

É confuso pensar que eu talvez não tivesse sido a única, não fui a primeira e nem serei a última a se desmanchar em seus lábios, a escrever poemas sobre ele, discutir suas qualidades e toda a devastação que
esse seu carinho e humildade contagiante causam.

Eu tenho mudado, acho que ele também mudou,
mas temos precisado um do outro, sempre.

# será [?]

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SOBRE ONTEM:

Ontem quis te sentir perto de mim.

Sem um por que, sem uma frase de impacto, sem qualquer abre aspas e fecha aspas. 
Foi apenas um querer
Senti isso como quem coloca pedacinhos de oceano dentro de si e começa a navegar mesmo remando em terreno sólido.

Essa história de ‘querer’...
No começo achei tão improvável que fui até o fim da rua pra ter certeza de que o seu destino passava mesmo de frente pro meu. Ao invés de sentir raiva, achei até bonito ele ter me mandado você.

Ele sempre soube de você.
Via-o pela pequena janela dele e pensava: um dia ela vai ser dele.

Mal sabia ele que pensamento é realidade.
Sensação boa essa de não pedir conselhos.

Podar-se é tão desnecessário.

Assim que o vi chegar corri pra deixar a sua espera uma cestinha com coisinhas de lembrar.
Pode ter certeza de que dentro daquela cestinha tinha muito mais de mim do que nas outras tantas coisas que você já possa ter ouvido.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

SOBRE A VIDA E O DESTINO:

Conheceram-se por puro capricho, acaso, desígnio talvez.
A boca que se cruzou com o par de olhos perdidos.

A vida cansada tinha o andar lento, o passo pesado, rosto baixo. Carregava o fardo de muito querer, o ímpeto quente de um peito viciado no amor, ladeada de subprodutos de paixões obscuras.

O destino via a vida passar. Os acontecimentos se sucediam e se amontoavam. Ele não os impedia, nenhuma intervenção, deixava ir sem sobressalto, não conhecia a magia do verbo, nem a dor crua do peito que sangra uma hemorragia bruta e invisível.  

#todos os dias gosto de você!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

SOBRE ELA:

'uma cestinha com coisinhas de lembrar'


Ela gosta de dias claros, mas prefere escrever no seu canto escuro de onde pode ouvir os cantos dos pássaros que pousam em sua janela imaginária, as batidas das panelas na cozinha e os gritos de alguma criança que sempre brinca pela casa.

Tem dias leves, embora o trânsito e as pessoas que andam feito “baratas tontas” pela cidade fazem-na acreditar que mora no núcleo do inferno. Pensa em São Luis como uma cidade engraçada que tem um contexto histórico digno de uma grande capital e uma contemporaneidade que lhe dá nojo. Um jeito de fazer política desgastada e uma grande colaboradora da poluição do meio ambiente, a começar pelas praias e rios poluídos.
Lembro que uma vez ela me falou:


 “Às vezes tenho vontade de fugir ou sumir daqui, mas já descobri que mal consigo passar sete dias longe de casa, conseguir eu até consigo, mas vou ficando doente aos poucos, deixando os meus pedaços antes de partir e com uma vontade de me colar imediatamente quando estou de volta.”

Isso já gerou alguns comentários e lhe garantiu alguns títulos entre amigos, quando em meio a viagens resolvia voltar ou desistir na véspera. Mas o que seus amigos realmente não sabem é do amor que ela tem pelo ambiente em que vive.
Talvez ela nem ame tanto a sua cidade, mas sim as pessoas que completam sua vida.

Nunca foi uma menina de levar a vida tão a sério, nunca fez a mãe acreditar que um dia se tornaria uma médica, na escola sempre aprendeu só o que achava necessário pra si, estudava pra fazer notas, passar de ano e se livrar de algumas broncas.
Detestava matemática, tolerava física e química, mas sempre foi apaixonada pela literatura, para quem fez juras de amor eterno e que se pudesse lhe pediria em casamento.

Quando terminou o ensino médio, a primeira coisa que exigiu de si foi um emprego, o plano era fazer dinheiro e sair, não da cidade, recusara vários convites, Florianópolis da tia, Rio de Janeiro do tio, quase foge pra São Paulo com a prima, - “Mas nós vamos viver de que mermãm?”- foi o que pensou.

Trabalhou um ano e uns meses, e esse emprego foi o seu primeiro contato com a responsabilidade, até então nunca tinham se encontrado, não tiveram um bom relacionamento, ela [responsabilidade] sempre exigente e Ela nunca se tornaria um robô.
O fruto doce dessa relação foi o despertar do seu interesse pela “Comunicação” que pretende até hoje cursar, quem sabe alguns anos depois, o fruto amargo é que na época nunca conseguiu fazer dinheiro suficiente para se tornar independente.

Creio que já sabia desde cedo das dificuldades que encontraria pela frente, era filha única, mas isso nunca chegou a ser um problema, por várias vezes se sentiu só, como todas as pessoas que sentem falta de afeto, carinho, companheirismo e principalmente de “um amor pra vida toda”.
Aterrorizavam-lhe dizendo: “Filha única sofre demais, é egoísta e não percebe, acha que o mundo gira a seu redor e tudo lhe pertence”. (Meu Deus que absurdo! O que vocês queriam que ela fizesse!?)

Talvez só o seu próprio coração a compreendesse, a esse dera um apelido nada sugestivo. “Jesus! Meu coração é muito va-ga-bun-do”. A adolescência foi a fase mais cretina por qual ela passou, afinal de contas, passava bem longe dos padrões de beleza da época. Teve algumas paixões, lógico que todas essas foram platônicas, ainda bem. 
Uma dessas paixões foi quem a apresentou a literatura, começou a ler para agradá-lo, sentir-se um pouco mais perto do amado, ter sobre o que conversar. Mas a paixão foi embora e a literatura ficou.

Pensou a pouco tempo que talvez seu coração estivesse cansado ou já teria lido [e a pouco vivenciado] todos os livros sobre ‘desilusões amorosas’, já não se apaixonava mais. Diz-se madura e segura dos seus sentimentos, se é que existe alguma forma de segurança em relação a isso.

Surpreendeu-se recentemente quando um moço muito especial a fez sentir um gostinho que há tempos não sentia, nunca escondeu isso de ninguém, tem encontrado ultimamente uma dificuldade absurda de esconder a verdade, até tenta, mas em relação a esse moço qualquer tentativa parece idiota.
Pensa que poderia ser um pouco normal e mentir às vezes como todo mundo faz, mas como ela mesma voltou a pensar e dizer a si: "Qual é graça de ser quem eu sou e não fazer e nem dizer o que eu quero, o que penso ou que sinto?". Concluiu: - nenhuma.

Apaixonada pela vida, respira música e inspira poesia, a música é o que lhe move, os livros são o que lhe alimenta. Tem vários amigos, não consegue diferenciar uns dos outros, todos são e foram importantes para sua formação, e quando digo amigo, não quero dizer desses que você fala por casualidade, quero dizer desses que você passa a tarde enchendo a cara no shopping ou rolando de rir pelas calçadas, desses que te ligam pra saber como você está e por que sumiu? os que pedem para ligar a TV e ver de quanto o Palmeiras está ganhando do Flamengo. “Porra” até parece coisa de “videogame” Palmeiras 2 x 0 Flamengo [lenda!].

Recentemente um amigo deu a melhor definição sobre a sua pessoa:

Ela diz: quero saber da estranha.
Amigo diz: estranha, como é esquisita, sei lá...
Ela diz: Explique ou desenhe no espaço em branco abaixo... kkkk
Amigo diz: como uma pessoa consegue ser “divertida – sensível – racional –depressiva – supersocial – triste – alegre - cachaceira” ao mesmo tempo?


Ela diz: “Acho que foi a mais surreal definição de todos os tempos da minha vida. Bom, faço o máximo pra ser autêntica e feliz, quem sabe um dia eu consiga juntar todos os pedaços dos meus sonhos e triscar apenas com as pontinhas dos dedos naquilo que acredito ser o amor. O bom mesmo é não deixar que a solidão me acompanhe e sempre ficar perto das pessoas que me amem de alguma maneira. Comecei a ficar rica sem dinheiro, depois que aprendi a amar”.

Ela poderia ser a moça da cantina, o cara da esquina, o velho sentado na praça. Ela poderia até ser você, mas ‘Ela’ sou ‘EU’.

domingo, 13 de dezembro de 2009

SOBRE BUSCAS:

Estou em maré mansa, solta e em busca.

Mas eu nem me acho nas minhas próprias buscas.
Minhas paixões não me movem, eu dizendo insensível e ouvindo que é impossível.
Eu me convenço.

Porém entre outras pessoas é tão natural.
Oh céus, eu quero ter uma visão realista e concreta, fria e calculista da vida!

O coração agradeceria. Já o blog não, por que ficaria vazio e vazio!
Passaria a escrever sobre culinária, não se espantem!

Aperta o ‘x’ ali do lado direito superior da tela, e me encontra na esquina pra um ‘refrigerante’ e um papo furado que é bem melhor assim.


Enquanto isso, Cazuza repete pra mim: - Você vai me enganar sempre!

# cazuza é ‘bad’

sábado, 12 de dezembro de 2009

SOBRE O AGORA:

Eu enlouqueci...


E me via enlouquecer e achava que afinal eu conhecia a loucura de todas as coisas, aquela coisa que te rouba à identidade, te tira à capacidade de voltar ao ser, te leva por caminhos jamais andados e eu vi que existem coisas que não se controlam, apenas te levam e eu ia...


Eu enlouqueci, esqueci das crenças, das certezas, do passado e do futuro, eu só via o agora, eu só queria um pouco mais de agora. Eu fui vivendo o agora como se ele não fosse virar o passado, e não esperava que o agora terminasse tão já.


Eu sabia que o agora virava o antes, mas não sabia que o antes, que é o passado do agora ficaria tão presente no hoje, no agora que é hoje, mas que já não tem o agora de antes.


E eu to vivendo o hoje, esquecendo o antes que já foi agora, na verdade eu não queria esquecer, queria ter pulado, ido do que era pro que hoje sou, sem ter passado pelo o que não chegou a ser.


# esquece e vai sorrir

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SOBRE IMPULSOS:

Eu tenho impulsos catastróficos.
O óbvio, pra mim sempre tão óbvio, explícito, gritando na minha cara.

Ai eu parto para o impulso, eu deleto, eu rasgo.

É eu escrevo o nome pelo prazer que me dá rabiscar de caneta preta por cima.
Eu sempre tenho certeza, eu sofro e odeio na mesma proporção, pulo pro descaso, passo a achar bom e fico repetindo até me enganar: isso é ótimo, melhor assim, pé no chão, asfalto sempre quente.

Sabe aquelas coisas sem explicação? Que começam e te tomam e por mais que tente fugir aquilo te persegue?


Ao meu redor só encanto. Como carinho que cresce, como querer bem que vem, se instala, coisa de gente como eu e como você e pra sempre.

Desses tipos que não se entende, se gosta, se tem carinho e que te dói.


Quando não se tem domínio das emoções, aquela velha mania de se deixar levar, se deixar doer e fazer doer.
Assim...
Sem explicação...
Sem motivo de ser e não ser...
Só assim...


# um beijo e um sorriso...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O mundo me inibe, o álcool me liberta...


de que? Eis aí, algo pra se sentar, pensar e beber mais um gole...


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SOBRE QUERER:

Às vezes sei o que quero. Às vezes sei o que não quero.


Eu quero ser alguém que quer, mas não quero ser confusa. [to muito assim ultimamente!]
Não que isso seja o fim do mundo, mas isso confunde os que não são confusos.
Inteligente é quem é confuso, pois se é como é, e é por não querer errar.
Outra vez essa coisa de ‘querer’.


Às vezes eu ‘quero’ não te ver e quando não te vejo tenho vontade de te ter do meu lado. 
E de vez em quando ‘quero’ te achar, mas quando te acho fico com vontade de me esconder.
E muito de vez em quando ‘quero’ não pensar em você e quando não penso me pergunto por que não pensei.
M
as de tudo isso ainda não tirei nenhuma conclusão. Se é que tem alguma.



Agora, quero te dizer que querer é bom. 
Mas só querer não basta, tem que correr atrás.


Você não vai querer saber o resultado.[?]
Se querer é poder, pôr em prática é conseguir.                     


#já o resto, só Deus sabe...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

SOBRE DEFINIÇÕES:

Hoje acordei com o estômago cheio de borboletas. 


Esvoaçam as danadas.
Faziam cócegas sem dó, mas não me importei!
Mergulhada em uma leitura de ‘Clarice’ as coisas ficaram ainda mais bonitas, foram palavras de uma completa estranha que deram maior significado a minha vida.
O poder do desconhecido sobre nós.


_

A minha vida tem se mostrado um emaranhado de coisas estranhas, mas são exatamente essas coisas que tem dado sentido a ela, que por hora está azul, outrora eu não consigo definir a cor, pois vai sumindo até eu não conseguir mais ver. E é aí que eu fico triste e com os ombros pesados.

Mas a cor não foi embora 'seu' moço, não sai de lá nunquinha, é que vez enquanto ela gosta de brincar de esconde-esconde.

Existem coisas que eu não consigo definir. E tudo que não consigo definir, de certa forma, considero estranho.

Não há mesmo uma explicação para ‘o mais belo’. Quando inventarem um significado, uma razão para aquilo, ele deixa de ser belo, deixa de ser puro.
As grandes loucuras começam nas explicações.
A vida não foi feita para ser explicada, mas para ser vivida.

_

O lugar onde vivo é na verdade um sonho, daqueles bem bonitos, que ninguém deseja acordar e quando acorda quer definir.
Eu acredito no que eu quiser, no que me convém, bem assim que é.
E quase sempre eu tento acreditar no melhor, porque o pior não é algo que eu precise acreditar.

Em minha maior descrença, lá está o danado do pior, e ele nem liga. Mas eu também não ligo. O que há de sentimentos bons em mim já está atingindo o céu. Tingindo o céu. O meu céu, que quando está escuro eu trato de colorir de azul.


Correr, dar carinho, amar, assim sem definição é bem melhor.
Acreditem em mim. Mas se não quiserem acreditar, não faz mal.
Cada um tem seu caminho, assim florido, assim bonito.
Se soubermos enxergar através das lunetas tudo fica bem.

“Os astros, os destinos, que vão em direções contrárias as que desejamos, sempre nos levam para um caminho onde há pôr do sol e estrelas. Viver assim, com estrelas, sol e flores.” 


# isso deve bastar


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SOBRE OPORTUNIDADES:

Sei de uma coisa:
‘A vida se manifesta de forma extremamente bizarra em relação às oportunidades. ’


Dizer que o destino manda em algo é cômodo, é claro que tudo que acontece "era pra acontecer", afinal aconteceu, não é mesmo?
A grande teia da vida que temos, ou da vida que poderíamos ter se estende através de milhares de pequeninas coisas que fazemos ou deixamos de fazer.



Umas portinhas mesmo.
A maioria você sequer abre, mas coloca a mão no trinco, pensa duas vezes, e vai para aquela que já está entreaberta. Aí meu amigo, você se fode!


Não é a toa que adoro aquela frase:
‘Me arrependo só do que não fiz’.
 Pois é ali que mora a dúvida. “E se...

A maioria das coisas a gente nem percebe, então nunca chegaram realmente a existir, mas o que te esmaga e te deixa pequenino são aquelas chances que você virou a cara pro outro lado e quando quis achar de novo, já não estavam mais lá.


Ninguém aqui está esperando felicidade, mas deixar de viver algo que poderia fazer dessa mísera e repugnante experiência chamada vida algo menos doloroso é um crime.


# é imperdoável