Enfim,
esse ano que acabou não foi lá muita coisa, e o muito pouco do que foi – pra variar - fodeu comigo.
Então com licença, pois estou me dando o direito de organizar as coisas.
Tenho exatos dois dias, até a meia-noite do dia três de janeiro (não sei por que, mas to com a sensação que o ano vai começar de verdade só na segunda-feira) para terminar minhas merdas desse ano que passou.
Não quero levar nada inacabado desse ano velho pro meu 'tão esperado ano novo'.
Tenho alguns telefonemas a fazer, mandar certas pessoas pro inferno, xingar a mãe de outros, só não vou me declarar pra ninguém porque ainda não atingi esse grau de desprendimento (ah... e porque eu curto também uma melancoliazinha).
Eu sei também que alguns casos vão ficar mesmo só no papel, mas já me é suficiente!
Acho que estou me desligando de certas coisas que agora vejo não me faziam bem, mas que por motivo desconhecido (ou doentio) eu gostava de cultivar, feito esse pedaço de cutícula no canto da minha unha que anda dolorido.
Eu posso muito bem pegar um alicate e arrancar aquilo fora de uma vez, mas não faço.
Lembra-me de estar viva, sentir dor e estar viva.
Procurar a dor para saber do alivio.
Ou talvez fosse só a fuga, a porra da fuga.
Atrevo-me a dizer então - mesmo parecendo blasé (tenho andado muito piegas) - que ando escrevendo para libertar palavras presas que (por algum motivo maior que eu) não pude dizer.
E sinceramente não me importa que essas pessoas leiam agora, depois ou nunca, basta-me apenas dizê-las, ainda que escritas num pedaço de papel guardado no fundo da gaveta.
Guardadas junto com coisas velhas.
Coisas de um ano que já é passado.
# já foi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário