Esse é mais um dia daqueles que uma chuvinha mansa teima em aparecer pra respingar de cinza o que eu pintei de azul. E você sabe bem como eu fico cheia de meninices nesses dias né?
Te arranhei uns recados pouco antes, escrevi e apaguei mensagens antes de enviar, desenhei depois rabisquei umas palavras bem bobas .. tudo num esforço, só pra dizer o quanto te quero, te admiro, te quero bem.
É isso...
... sei que tem vezes que destoo um pouco da nossa rotina, outras que a gente se estranha, mas num apanhado geral você consegue perceber como nos damos bem?
A gente tem se conhecido no íntimo, se reconhece nos suspiros, na troca de olhares e até por mensagem de texto kkkk nós nos entendemos num ponto, numa vírgula, num telefonema no meio da tarde, num bom dia amassado em voz de quem acaba de abrir o olho, num abraço de vamos-dormir-só-mais-um-pouquinho.
Eu estou feliz, sabe? Lá no fundo eu tô. Tem quem diga que felicidade muita, tem mais é que ser guardada a sete chaves, escondida do mundo e da inveja. E eu concordo discordando, sabe? Acho que nós, depois de tanto, já estamos vacinados contra os olhares maldosos, contra o mal-querer das pessoas que só sabem desdenhar a felicidade alheia porque não sabem como bordar alegria às suas rotinas.
Tiramos de letra.
Depois de muito apanhar e viver verdadeiros tsunamis em dias de mar manso, aprendemos a tirar de letra. Aprendemos a driblar a infelicidade, a mesmice, tudo do nosso jeito.
Aprendemos a colorir os dias cinzas, a permitir a preguiça debaixo dos lençóis, a repetir o mesmo ritual todo santo final de semana e, nem assim, rotinizar. Whatever.
O fato é que felicidade – tal como a tristeza – quando é demais também precisa transbordar.
E eu transbordo entre sorrisos e até com lágrimas e eu te aninho em pensamento, te mimo, te guardo, te quero bem.
Te quero muito bem.
Nos quero sempre bem.
Pra sempre.
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