quinta-feira, 13 de maio de 2010

SOBRE s/2:

nasci pra não amar, nasci pra conhecer as pessoas, fazê-las se apaixonarem por mim
mas a pessoa certa eu não consigo.
de uma coisa eu tenho certeza: amor não correspondido dura para sempre.
carrego comigo uma enorme cicatriz no peito, não foi só um amor e sim todos.

amei ele, amei eles.
mas nada deu certo, eles encontraram alguém que procuraram por toda sua vida, e sim:
não era eu e nem nunca foi.

esperança, determinação pra mim nunca faltou, mas acho que o egocentrismo anda ocupando

# a maioria das qualidades!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

SOBRE O MANUAL:

Você precisa do seu espaço, eu do meu.

Prometo te deixar sozinho toda vez que seu humor estiver amargo sem que isso tenha que se tornar uma discussão e espero que você faça o mesmo comigo.

Fume, beba e saia [às vezes].
Com moderação.
Também farei isso [às vezes].

Não gosto de cozinhar, mas tenho minhas especialidades e você pode cozinhar para mim... juro não me importar. 

Sou ciumenta, dificilmente me manifesto.
Observo tudo... e você irá perceber.

Não tenha ciúmes dos meus amigos.
Eles são amigos, não disputam espaço com você.
Mantenha seus amigos, vou manter os meus e juntos conheceremos os nossos.

Não me obrigue a nada... adoro ser convencida e nem é tão difícil.
Não me acostume com coisas [atitudes] que você não conseguirá manter.

Gosto de ser mimada... não confunda com: sou mimada.

Não suma.
Responda sempre... mesmo que a resposta não seja o que eu quero ouvir.

Odeio silêncio, nele interpreto qualquer coisa e acredite, minha mente é fértil.
Esteja presente, mas me deixe sentir saudades.

Você não precisa fazer a barba, mas estar sempre perfumado é imprescindível.

Sou chata, é um fato... mas não sou insuportável, e se estiver muito chata uma barra de chocolate amargo e coca-cola gelada podem resolver.
Minha TPM só é terrível 1 dia no mês, nos outros o problema é a bipolaridade.
Meu humor é negro, e isso não tem nada a ver com as fases da Lua.

Se por algum motivo, você sentir medo de mim, é melhor nem se aproximar... eu mordo [mas não para machucar].

Preciso te admirar. 

Não espere que eu precise de você, me faça querer ter você.

Não crie fantasias com uma menina... as aparências enganam.
Você vai encontrar uma mulher.

Dou-te a verdade.
Espero o mesmo de você.

Se apesar de [ou por] tudo isso você ainda me quiser,

# prometo cuidar de você.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

SOBRE O MEU CATÁLOGO DE ERROS:

Você me dizia em palavras simples tudo aquilo que nós éramos juntos, tão diferentes.

Fazia-me calar com um olhar calmo, daquele castanho estranho dos teus olhos, daquele infinito de vida e realidade que eu encontrei em tua presença.
Fazia-me feliz só em estar perto, dispersando aquele teu cheiro único, que eu não encontro nem em pessoas que usam o mesmo perfume.

Você me fazia calafrios quando fechava os olhos e me beija, quando olhava pro céu e colocava a mão na minha cintura, quando me pedia calma.

Ao teu lado eu tive tanta calma.
Ao teu lado eu percebi as nuances de cada um dos teus cílios, de cada poro da tua pele.
Ao teu lado eu percebi a maciez do tempo, das horas...

# das cores do céu.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

SOBRE PESTICIDAS: .. Oo'

Esse é mais um daqueles momentos em que vivo milhões de coisas, sinto outras bilhões e não consigo escrever nada a respeito.
Fogem-me as palavras, as idéias. Tudo!

Então...
Vamos falar de pesticidas, de tragédias radioativas, de doenças incuráveis, vamos falar da minha vida.


Meu vício no irreversível - se minha vida começou a ir pro ralo sem querer, passei a caminhar alegremente em direção a ele. ‘Ta no inferno abraça o capeta.’

- O que foi aquela sexta?

E de repente noto que não sei dançar de jeito nenhum, e meu olhar se perde em meio a pista do chez.

Não era infelicidade. Era algo mais aqui dentro, esse mar de corações desalojados em que eu me encontrei de repente.
Os cacos de vida espalhados pelas ruas.
O mundo inteiro fazendo meu peito de ponte, e ainda resolveram parar pra observar a maldita paisagem.
Acho que não ando tendo o que dizer. 

Minha vida toda espera algo de mim. Meio-sorriso, meia-lua, toda tarde. 

#- Não me pergunte porra, eu não sei.

SOBRE ILUSÕES:

A lei é clara!

Sempre mais do mesmo, a gente é que inventa novidades para não morrer de tédio, inventamos tudo, desde situações bizarras, sentimentos simples ou até mesmo avassaladores. 
Nunca pensou que é tudo previsível de dar dó?

Admiro a teimosia humana de investir em algo, acreditar piamente naquilo que já está perdido, será isso que chamam de fé?

Não sei, já faz um tempo que não penso muito nesse assunto, sei apenas que invento e acredito nas minhas ilusões, acredito de maneira visceral, acredito tão completamente que já não sei o que invento, o que sinto, o que digo ou faço, tudo está misturado demais para uma compreensão correta.
Ou deveria dizer que acreditei?

“Ele não partiu apenas meu coração, ele destruiu a minha capacidade de conseguir inventar sentimentos, criou uma fábula cretina e errônea, maculou o meu suposto amor próprio.

Mas também me salvou, tirou minha diversão predileta e mais perigosa, morrer de amor agora já não faz sentido, gritar seu nome em praça pública deixou de ser a maior ambição da minha vida”... 

Madrugada, já estou meio tonta procurando qualquer coisa que, se não me salve, ao menos me perca de uma vez, essa dormência que nasceu no lugar errado, fica grudada na garganta explode em forma de riso descrente...

Preciso de uma ilusão, é meio desesperante saber que a vida por mais interessante que seja precisa de uma mentira, um fingimento qualquer e eu agora grito qualquer nome que seja...

Pode ser alguém, alguns, poucos, só não pode ser nenhum.

Eu te invento e te amo,

# só não acredita, não vale à pena.

SOBRE.. eeerrrr ...

A música estava absurdamente alta ou eram meus ouvidos?

Quando sem querer cheguei perto do balcão, encostei no banco ao lado do dele e senti o cheiro forte do perfume daquele homem.

Ele era absurdamente bonito ou eram meu olhos?

Levei a garrafa aos lábios e me demorei mais que o necessário para um gole, fitando o vazio e pensando: se aquele homem quisesse, eu podia fazer qualquer coisa.

Mas eu não o encarei.

Ele podia ter qualquer coisa de mim, menos o meu olhar.

# isso eu não faço não!

domingo, 2 de maio de 2010

...'vou falar simplismente o básico'

"... venho escrevendo que nem uma maluca, estou vendo filmes de novo, estou cansada, mas tenho esperança que minha vida se torne mais organizadinha, que é para eu poder ter mais tempo para viver. "




#fato

SOBRE A SALA DE ESPERA:

Tenho me perguntado muitas coisas.

Muitas delas que não posso responder e isso vem me tirando a fome, me acordando no meio da noite, me afetando de tal maneira que qualquer brecha de sol me faz desejar uma sombra ao pé da árvore.

Em algum ponto da minha vida eu achei que com o chicote certo na mão e esporas devidamente afiadas eu poderia ser a dona do meu mundo.
A amazona que rege seu próprio caminho, mas que agora corre sem querer correr.

Mas se o chicote come solto, a gente tem que andar não é?

São nomes que já perderam o sentido, fatos e aborrecimentos que já nem ligo, aniversariantes, datas e telefones que decorei antes mesmo de apagar.
E que continuam lá, em algum canto de mim.
Já não é qualquer tentativa de reaproximação, ou qualquer primeiro contato.

São apenas espinhos do que um dia foi meu roseiral.

De pés descalços eu sigo pelos mesmos caminhos...
Perco-me nos mesmos atalhos...
Chego a cair nos mesmos buracos...

Nesses dias eu sou sonâmbula de mim e meu corpo avança por esse quarto movido por lembranças, cheiros, memória vaga.

Talvez seja o cansaço.
Talvez eu seja a cabra-cega da minha vida.
Talvez eu caí no chão e pedi água.
Talvez eu só esteja crescendo.

Antes tudo fosse como era antes.

Antes tudo fosse a sala de espera do dentista:

“Chegava-se na hora certa e se houvesse atraso não seria problema, sentar-se-ia num sofá confortável com a televisão ligada na ‘globo’, beberia-se um copo de água daqueles de galão com gosto de plástico e fingir-se-ia despreocupada.

De certo aquele barulhinho da mini-broca matar-me-ia por dentro, mas eu agüentaria firme. Eu suportaria firme e calada porque eu sabia que dentro de meia hora qualquer dor que incomodava seria rapidamente extraída de mim.”

E eu suportaria um tiro no pé.
Uma agulha enfiada debaixo da minha unha.

Eu suportaria qualquer coisa que arrancasse aquela dor de mim.
Dor que a aspirina tinha escondido, mas que na noite passada latejou e me pegou desprevenida.

Mas não estou mais no dentista e nem na sala de espera.
Eu estou dentro de mim procurando aquilo que não posso enxergar.

Aquilo que sem alvará se apossou de um pedaço de mim.
Aquilo que sem eu perceber ás vezes me leva.

E eu não sei até onde posso ir, eu não sei onde pisar porque só agora eu percebi...

# o quão é tudo muito escorregadio dentro de mim.