Ainda é setembro.
Para alguns ainda, para outros já. Mas eu queria mesmo é que fosse novembro. Para, ao som de Cazuza, contemplar a chuva de um quase verão e tantas coisas boas a chegar. Eu que nunca gostei de agosto, eu que não simpatizo muito com setembro, tenho agora medo de novembro.
Logo eu que sempre o amei.
É que a ele dediquei textos enormes e daí fico aguardando sua chegada para ver o que me reserva. Logo eu que sempre renasço em dezembro, fico esperando novembro chegar. Sem saber ao certo o que me traz.
Já que julho, este sim, me surpreendeu, me trouxe de volta a mim.
Os ventos de julho me trouxeram à memória o meio abraço, a traição, e o sorriso ao lembrar de tudo isso sem sofrer. Julho me afagou o rosto, me trouxe à boca o gosto de um beijo. Julho me trouxe a memória da palavra gostar, cumplicidade, entrega, confiança. Julho foi e não levou nada, a não ser aquela pessoa triste que eu era há uns meses atrás.
Agosto se vai e setembro chega me lembrando Caio F.: “Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se ou lamuriar-se, e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses (...) Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter demais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco.”
Setembro chega antecedido por muitas reticências. Quando novembro chegar talvez seja para lembrar quanto julho foi bom, talvez para somente pôr um ponto final...
#e começar outro parágrafo.
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